Adoro essa sensação de cidade. De poder correr sem usar as pernas, de não tocar o chão sem asas.
Não sei se fugir pro campo é sempre a melhor opção. Claro que não nego o prazer de andar descalço e tocar a terra tanto até sentir-se como de fato dela. Menos ainda ouso negar o frenesi que me causa ao reparar que um animalzinho rupestre qualquer é feito da mesma carne e osso, sensações e sentimentos (sim, eu acredito. não, não sou vegan.) que nós.
Mas e a praia? Parece pra muitos ser o local mais distante da cidade na cidade.
Hm.. na praia só o mar me agrada. Mas mesmo assim ainda tenho a sensação de que o mar reprime todo seu potencial aqui.
O mar pra mim é bem mais violência, mais incontrole. O mar só é mar de verdade quando na ressaca.
Um pouco Laranja Mecânica isso. Talvez seja. Assim como o mar, todos precisamos praticar (ou então revidar) a ultraviolência que nos atinge a todo momento. Ou vice-versa. Ou não.
Temos todos direito (e dever) de ressaca. Talvez não a ressaca dos olhos de Capitu. E nem sempre desconsiderando a ressaca das Idéias Íntimas de Álvares de Azevedo.
(Perdoem as reflexões acerca da prova de literatura em momento inadequado.)
Fato é que hoje, como ultimamente sempre, tenho admirado carinhosamente os pequenos prazeres.
Do açúcar cristal com canela e doce de leite ao encantar de um timbre novo de voz.
Ah! Se ao menos hoje eu não tivesse olhos? Teria sido mais feliz?
Talvez apenas hoje eu tenha visto e esteja fazendo ode à já velha novidade de sempre.
p.s.: Fui numa plenária, comi um churro (porque 'churros' é plural) e passei de ônibus por baixo do viaduto da Leopoldina enquanto passava um trem em cima.
p.p.s.: Nem revi o texto, fiz no ônibus, foda-se. Só lembro que tá cheio de palavra repetida. :P
8 comentários:
Capitu muito horrorshow.
É o que Alex (que não é Delarge) teria dito.
OBRIGADO, Chay!!!!!!!!!!!!
..pelo "churro".
Ninguém mais no mundo concorda comigo.
ushaushaueahusahe
tá então, né.
o_o
Não gosto de churro.Trauma de infância e tals.
sério? morria e não sabia. o_o
Bela esta parte que você fala da praia, do mar que só e mar quando na ressaca
parabéns
"Se ao menos hoje eu não tivesse olhos"
Quantas vezes disse isso bem lá dentro...
Fico imaginando que tipo de trauma de infância uma pessoa pode ter com churros.
Dai fico com muito nojo e resolvo parar de imaginar.
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