Cada esquina dessa cidade parece capaz de narrar minha vida.
É possível não sentir nada?
É possível esquecer?
Das lembranças incômodas é possível fugir?
Mas ao menor indício de perigo, ameaça,
fechar os olhos com força e não se arrepender de nada.
Será essa nostalgia sintoma da imaturidade acerca do entendimento de que tudo passa?
Passa mas deixa marcas e então como lidar com o impulso de tocá-las e fazê-las através da dor e até do prazer direto ou indireto, novamente vivas?
Não sei.
Desço no ponto seguinte e ando três quarteirões na chuva.
Talvez, como antes.
Um comentário:
sim, minha linha de pensamento acima é idêntica à de um pré-adolescente de 12 anos.
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