Engraçado que às vezes quando acordamos numa manhã de sol, que percebemos como o ódio nos consome e que ele é sim o sentimento mais potente e presente nas nossas vidas. Foi num dia desses que Lúcia puxou o gatilho, não mais a fim de aturar a vida com a aquelas frustrações, ela resolveu matar, sim ela era covarde para um suicídio, mas ela, como todo mundo, tinha um culpado por todas as suas desventuras, seu querido pai. Obcecada pelo ódio com o antagonista planejou a beira mar como o mataria, toda a sua vida com ele foi passando, por algum acaso as lembranças trouxeram mais ódio do que ela sentia na manhã. Chegou a conclusão que alguns tiros seriam mais fáceis de encobrir, mas como não tinha uma arma, contentou-se com uma faca.
Ao ver seu pai ali na sua frente, resolver compartilhar sua dor e tudo que ele havia feito com que ela se sentisse, chorando e frágil, ele olhou pra ela e suas palavras ecoaram, “eu nunca te amei.” Ela sussurrou, “eu sei.” com uma habilidade surpreendente dilacerou a garganta do seu velho pai e continuou, “e por isso não tenho remorso algum pelo que acabo de fazer, papai.”
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