sábado, abril 11, 2009

A solidão varia, espero que seja consenso isso.
Tem dias que você está de fato sozinho.
Tem dias que você está numa multidão e está sozinho. Talvez essa seja a solidão mais literalizada existente.
Todo mundo que já sentiu algo, provavelmente já se sentiu assim. Em relação a dissonância com o grupo que o cerca, ou em relação à ausência de um alguém tido como especial. Não sei à qual pretendo me referir.
Eu queria falar sobre a solidão e a música. A solidão e os sentidos. A solidão e a partir destes, a imaginação. A solidão e outras tantas entrelinhas.
Referindo-me agora a essa solidão como uma longa cadeia de átomos de saudade.
A saudade é proporcional à intensidade da presença do objeto que faz falta. Só se tem saudade do que um dia já esteve paupavelmente presente (é claro que frutos da imaginação são tão paupáveis [ou até mais] do que frutos de árvores).
Eu venho sentindo muita saudade e por conseguinte, muita solidão.
A banda, o filme, o toque do celular, o gesto, os frames na cabeça. Todos com um significado extra 'emprestado' de algo que possuía até então, um significado próprio e independente.
Estar com eles é como estar naquele lugar, com aquela pessoa, naquele tempo.
É como não estar aqui.
A imaginação e a memória, de fato, são os bens mais preciosos para quem deseja (talvez 'precisa' seja mais adequado. ou não) de alguma maneira, fugir ou ao menos lidar melhor com o escafandro que o envolve.
E a intensidade que não conseguiu impregnar em nada posteriormente sensível?
É isso que tá me causando um asco. É a parte que me interessa. Porque sobre estar só assim, eu não sei. É estar só demais.

(Se não fizer sentido, então você entendeu. Se você entendeu, me explique.)

2 comentários:

Ferreira, Lai disse...

Droga, não fez sentido.
/=

chayenne f. disse...

Eu não posto mais aqui, eu vomito. E bile, ainda por cima.

Toda poesia se afastou o suficiente para que eu não mais a reconhecesse como parte integrante de mim.