sábado, dezembro 27, 2008

Panapaná

"Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os “is” em detrimento de um redemoinho de emoções justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos. Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos. Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante."
(Pablo Neruda)


Hoje eu acelerei o meu processo de morte. Mas a aceleração ainda é inconstante. Em determinados momentos eu quero correr o mais rápido que posso. Até olhar pra trás, ver o quanto tropecei e deixar o medo diminuir a velocidade.
Ahh, a chuva incessante...
A aceitação da derrota parece se fazer necessária para que se inicie outro jogo com chances de sucesso.
Mas se até a derrota se mostra atraente, o que dizer do jogo em si?
Fato é que se essa chuva serviu pra alguma coisa, amanhã será outro dia.
E se não me faço entender, é porque as borboletas no meu estômago estão a se estranhar, pois as recentes chuvas de verão trouxeram novos ares e movimentos.

quarta-feira, dezembro 24, 2008

deVERAs

Andei pensando sobre o Pedro Segundo ultimamente, e a conclusão inevitável a que chego é que me enganei um pouco na minha primeira análise. Não me levem a mal: de fato ainda acredito que é um dos melhores colégios que já tive a oportunidade de conhecer internamente, mas não acredito mais que a formação dos alunos seja a que tenho por ideal. Na verdade não conheço um colégio que a alcance, a não ser aquele que crio todos os dias no logos (ops, desculpem o filosofismo). O fato é que acredito de verdade em uma formação política, acredito em um ambiente que permita de verdade aos estudantes lutarem pelos seus direitos ou o que eles acham que são seus direitos, ou simplesmente pelo que eles acham certo, mas não sei se acho mais interessante o que vejo no Pedro Segundo.
Apedrejem, mas não sei mais se educar deve necessariamente significar transformar crianças em adultos – como acontece. Não sei mais se é tão necessário assim à juventude colar os pés no chão (mesmo que sonhando ainda) e transformar-se numa legião de heróis, possíveis mártires ou o que sejam esses superdotados criticamente. Não sei mais se os sonhos mais fantasiosos de cada um (sei lá, se tornar um pirata, voar, ser o rei das pistas de dança, tornar-se um justiceiro noturno ou qualquer coisa “boba” assim) devem ser colocados em segundo plano em relação às lutas políticas travadas dentro e fora da escola. E o pior – que a participação ativa nessa esfera política seja considerada obrigação a qualquer pessoa que se diz mais do que massa.
Acho que – e não estou com isso dando passos no sentido contrário do curso da filosofia, pois a concepção de filosofia simplesmente como crítica é tão pobre como bastante ignorante filosoficamente – não precisamos tanto (ou de tantos) críticos. Uma autocrítica já é muitas vezes o bastante, e quem somos nós pra achar que temos responsabilidade pelo mundo em que vivemos? Quem foi que colocou na cabeça de cada um que se todos não se mobilizarem vamos ser explorados e destruídos? Por que todos ainda acreditam que devem esquecer (ou sub-estimar) quaisquer outras vontades em prol de uma luta que não precisaria ser travada se a mentalidade do ser humano desde a gênese fosse diferente?
Enfim, não estou criticando a vontade de mudar o mundo que todos nós temos, muito menos a necessidade que o país tem de pessoas certas para que essa mudança aconteça, e menos ainda a militância dos jovens (em especial do Colégio Pedro Segundo) nessa luta, mas acredito que uma escola precise fazer de seus alunos ainda mais. Precisa fazer com que, ao mesmo tempo que se tornem adultos, continuem sendo também crianças.
Os alunos do Pedro Segundo precisam falar um pouco menos da Vera e falar um pouco mais do Verão.

domingo, dezembro 21, 2008

Agora que não há mais preocupações escolares e relacionamentos pendentes, me deparo com o vazio.
O fim talvez tenha dessa sensação. Essa cara de "então era isso?".
A gente se mata por 355 dias (por enquanto) e enfim, era só esse o momento tão esperado. Assim, sem nenhum frenesí. Sem expectativas, sem almejos, sem ânsias, sem esperanças.

Quiçá seja reflexo dos contos de Machado de Assis que li hoje.
E definitivamente não sou a melhor pessoa para versar sobre o vazio. Eu nego a sua existência em mim. E não sei falar do que não se me é.

É a "nostalgia da lama".
É a necessidade de uma cartomante.

sexta-feira, dezembro 12, 2008

um texto não-autobiográfico:

Toda forma de arte é, inevitavelmente, biografia (bios + graphia). Não é possível a nenhum ser vivente experimentar mais do que a própria vida. Não estou a dizer que só se expresse artisticamente aquilo que se experimenta pelos sentidos, isso seria rebaixar a arte à uma fotografia do mundo, pura representação. Acredito, sim, que arte seja essencialmente criação, mas novamente caimos naquela situação: se é realmente possível criar algo, só se pode criar vida, visto que nada se pode criar que já não seja no ato de vir a ser. A não ser que essa coisa seja a própria morte. Mas deixemos essa ideia de lado por ora, admitindo precariamente que a morte, em si, é ainda vida.
Seguindo esta linha de raciocínio então, ao admitir que toda grafia é biografia e que tudo que se diz (seja qual for o modo desse dizer) é o que se tem acesso - e sabendo que só temos acesso às nossas próprias experiências (sensações, sentimentos, pensamentos), ainda que passadas ou inconscientes; isto logica, filosofica e cientificamente -, tudo o que se pinta, esculpe, escreve, compõe, executa, capta em filme ou, para agrupar, toda e qualquer criação de sensações, ou seja, artística, é nada mais que uma exposição de nossa própria vida.

Toda arte é autobiográfica.

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terça-feira, dezembro 09, 2008

"Caracteriza-se por um padrão de relacionamento emocional intenso, porém confuso e desorganizado. Reconhecem sua instabilidade emocional, mas para tentar encobri-la justificam-nas geralmente com argumentos implausíveis. Seu comportamento impulsivo freqüentemente é autodestrutivo. Não possuem claramente uma identidade de si mesmos, com um projeto de vida ou uma escala de valores duradoura, até mesmo quanto à própria sexualidade.

Embora geralmente possuam uma auto-imagem de malvados, podem, por vezes, ter o sentimento de não existirem em absoluto. Tais experiências habitualmente ocorrem em situações nas quais sente a falta de um relacionamento significativo, carinho e apoio.

Experimentam intensos temores de abandono e raiva inadequada, quando um cuidador ou amante é visto como negligente, omisso, indiferente ou prestes a abandoná-lo, mesmo diante de uma separação real de tempo limitado ou quando existem mudanças inevitáveis dos seus planos (por ex., pânico ou fúria quando alguém que lhes é importante se atrasa apenas alguns minutos ou precisa cancelar um encontro). Podem acreditar que este "abandono" implica que eles são "maus". Esse medo do abandono está relacionado a uma intolerância à solidão e a uma necessidade de ter outras pessoas consigo.

Podem exibir extremo sarcasmo, persistente amargura ou explosões verbais. A raiva freqüentemente vem à tona . Tais expressões de raiva frequentemente são seguidas de vergonha e culpa."

sexta-feira, dezembro 05, 2008

locus urbem, fugere amoenus e churros

Adoro essa sensação de cidade. De poder correr sem usar as pernas, de não tocar o chão sem asas.
Não sei se fugir pro campo é sempre a melhor opção. Claro que não nego o prazer de andar descalço e tocar a terra tanto até sentir-se como de fato dela. Menos ainda ouso negar o frenesi que me causa ao reparar que um animalzinho rupestre qualquer é feito da mesma carne e osso, sensações e sentimentos (sim, eu acredito. não, não sou vegan.) que nós.

Mas e a praia? Parece pra muitos ser o local mais distante da cidade na cidade.
Hm.. na praia só o mar me agrada. Mas mesmo assim ainda tenho a sensação de que o mar reprime todo seu potencial aqui.
O mar pra mim é bem mais violência, mais incontrole. O mar só é mar de verdade quando na ressaca.

Um pouco Laranja Mecânica isso. Talvez seja. Assim como o mar, todos precisamos praticar (ou então revidar) a ultraviolência que nos atinge a todo momento. Ou vice-versa. Ou não.
Temos todos direito (e dever) de ressaca. Talvez não a ressaca dos olhos de Capitu. E nem sempre desconsiderando a ressaca das Idéias Íntimas de Álvares de Azevedo.
(Perdoem as reflexões acerca da prova de literatura em momento inadequado.)

Fato é que hoje, como ultimamente sempre, tenho admirado carinhosamente os pequenos prazeres.
Do açúcar cristal com canela e doce de leite ao encantar de um timbre novo de voz.
Ah! Se ao menos hoje eu não tivesse olhos? Teria sido mais feliz?
Talvez apenas hoje eu tenha visto e esteja fazendo ode à já velha novidade de sempre.




p.s.: Fui numa plenária, comi um churro (porque 'churros' é plural) e passei de ônibus por baixo do viaduto da Leopoldina enquanto passava um trem em cima.
p.p.s.: Nem revi o texto, fiz no ônibus, foda-se. Só lembro que tá cheio de palavra repetida. :P

terça-feira, dezembro 02, 2008

Terceira Lição

Ela toda noite podia jurar ouvir barulhos. Cada noite o barulho se fazia ouvir mais e mais alto, e ela já estava a imaginar monstros ou algum dos personagens dos seus pesadelos pueris. Mas permaneça (?) calmo, bom (?) leitor, este conto que lhe salta às vistas, apesar do visual escuro em que se encontra, não é um conto de terror. Na realidade é o oposto disso, como se verá. De volta ao ponto em que deixamos a garota sozinha no quarto (e ainda bem que ela não o soube, pois o pavor agravaria), os pais viajaram: péssima hora para um monstro do armário surgir. Já ouvia aquele barulho há umas duas semanas pelo menos, e se algo fosse surgir, que esperasse mais uns dias.
Dormiu, enfim. Ou não. Não saberá dizer amanhã.

Uma sombra se esgueira pelo carpete e alcança os lençois estampados de figuras da Betty Boop. Sobe, arrasta-se pela cama, num movimento quase sexual, mas apenas para tocar-lhe o rosto. Como se pudesse sentir tátilmente a sombra, ela abre os olhos e com estes encontra o demônio que se põe de pé no centro do quarto, sério, ou ao menos é o que pode-se ver da boca sob o farto bigode. Leva na mão um exagerado guarda-chuva, apesar de lá fora estar seco o tempo. Ele não espera que ela diga nada, mas fica em silêncio ainda alguns momentos. Depois, fala.

"Hei de dizer-te, criança, a sabedoria que poucos têm. Sabes que um velho sábio percorreu toda a extensão do mundo antes de poder alcançar este conhecimento? Mas, observa, to darei em alguns poucos segundos. Pois saiba que esta vida, assim como tu vives agora e como a viveste, terás de vivê-la ainda uma vez e ainda inúmeras vezes: e não haverá nela nada de novo, cada dor e cada prazer e cada pensamento e suspiro e tudo o que há de indivisivelmente pequeno e de grande em tua vida há de te retornar, e tudo na mesma ordem e sequência - e do mesmo modo esta aranha e este luar entre as árvores, e do mesmo modo este instante e eu próprio. A eterna ampulheta da existência será sempre virada outra vez - e tu com ela, poeirinha da poeira!"

Fala essas exatas palavras, depois espera a reação da menina enfiada nas camisolas.
Ela a princípio sente vontade de amaldiçoá-lo, por proferir tais amargas palavras. Sente-se presa, atrelada a um universo inútil: perde a vida o sentido no momento em que perde a vida a aleatoriedade. Só há um caminho!
Mas logo ela, ainda imóvel, observada pela figura ainda também imóvel de guarda-chuva na mão, percebe o que veio lhe dizer o demônio por debaixo daqueles bigodes. Sorri.

Acordará, no dia seguinte, e não saberá dizer se dormira ou não, não saberá se sonhara ou não. O fato é que o barulho à noite cessará no quarto, mas permanecerá ainda nela. A partir de amanhã, a garota, diante de tudo e de qualquer coisa perguntará "Quero isto ainda uma vez e inúmeras vezes?".

A partir de amanhã, ela viverá.

domingo, novembro 30, 2008

Vazio talvez tanto quanto os outros e tantos outros.
Porém neste, a desistência tão inerente à noção de que as coisas parecem nunca ser suficientes. Nunca haverá a recompensa esperada, o custo será sempre mais alto do que o benefício e todas essas intimamente guardadas e negadas impressões dos mundos.

Domingos.. malditos domingos..
Parecem que existem só pra me lembrar o quanto nem sempre as coisas estão tão ruins quanto se pensa: estão (e ficarão) piores. Ao menos por parte do Tempo.

Diferente de na madrugada, agora eu destôo da chuva que não está lá fora.
Havia dito que não mais tentaria escrever coisas, mas foi tanta chuva, que alagou tudo e fiquei soterrada.
Isso é, como sempre, um pedido de socorro. Socorro em meio às chuvas inesperadas e fortes e tempestuosas. Típicas chuvas de verão. Que vêm e varrem o que encontram, tornando tudo lama e desordem.


- Vai chover.
- Que chova tudo. Ontem choveu e foi bom. O problema da chuva é que ela sempre parece ser inconveniente. Mas quando você se dispõe a chover junto com ela, fica tudo bem.
- Sim, mas muuita gente não se dispõe a isso.
- Eu. Nem sempre. Ontem eu já estava chovendo, a chuva só concordou.
- Você tava chovendo antes da chuva?
- Eu tava chovendo desde o dia quando o mundo começou a chover. E já sabia que ia chover de algum jeito, mesmo que o céu não chovesse comigo.


Laiane, se você falar de novo que isso foi poético, a aposta estará cancelada.

segunda-feira, novembro 24, 2008

Sem Palavras

"Eu sei que nada tenho a dizer,
Mas acabei dizendo sem querer
Palavra bandida!
Sempre arruma um jeito de escapar

Seria tudo muito melhor
Se a música falasse por si só
Da raiva, da vida
Nada existe sem classificar

Penso, tento
Achar palavras pro meu sentimento
Tanto é pouco, nada diz
Não é triste, nem feliz

Mesmo sendo
Um pranto, um choro ou qualquer lamento
Nada importa, tanto faz
Se é pra sempre ou nunca mais

Pensei em mil palavras, e enfim
Nenhuma das palavras coube em mim
Não vejo saída
Como vou dizer sem me calar?

Diria mudo tudo o que faz
Minha vida andar de frente para trás
Uma frase perdida
Num discurso feito de olhar

Não é meigo, nem é lindo
Não é raso, não é pouco, nem é tudo
Não é fato, nem é mito
Não é raro, não é oco, nem é nulo
Não é isso, não é outro
Não é chato, não é mito, não é chulo
Não, não, não, não

Eu sei que nada tenho a dizer
Pensei em mil palavras, e enfim
Seria tudo muito melhor
Pensei
Seria
Se um dia alguém puder me entender"


Consideração 1: O cd novo do Móveis vai vir rasgando.
Consideração 2: Parei.

sábado, novembro 22, 2008

Quem vive, sabe.

Prólogo:

É certo que tudo o que está prestes a ser digitado é fruto de sensações apenas possíveis e alcançáveis por usuários de droga. Ignore seu conceito e opinião sobre droga agora, isso é discussão para depois, mas é isso: eu não perceberia metade do que percebo se não fumasse maconha. O primeiro agradecimento da noite é pra você, Cannabis.
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Antes de tudo, quero te falar que você não sabe nada. É, não sabe nada.
E não se sinta menor por isso! Saber, assim, grosso modo, é o que menos importa.
O importante é sentir. Sentir, sentir, sentir até não poder mais não poder algo, sentir até o infinito.
Essa é a única maneira de então, almejar saber de alguma coisa.

Eu, me sentindo e portanto sabendo de mim [minha inconstância não significa auto-desconhecimento], me sinto apta a registrar sentimentos que julgo não merecerem o esquecimento, pelo menos por ora.



Espero que pelo menos esse blog sirva para não me deixar esquecer do fundamental.

quinta-feira, novembro 20, 2008

Chuva de verão e um grande guarda-sol. Sintam.
(A propósito, o verão já começou lá fora?)



1. impressionabilidade, suscetibilidade, afetividade.

2. sofrimento físico ou moral; mágoa; aflição; pesar; dó; remorso.
2.1. ciúme; inveja; despeito.

3. falha ou defeito que aparece nas obras fundidas, proveniente de uma bolha de ar que entrou no metal durante a solidificação; folga.
3.1.
sorte, influência favorável ou contrária; vaidade; coisa rápida.
beber os -s por:
gostar muito de



Não sei se já perceberam, mas não sei perceber. Só sei que tá chovendo.

Perceber. Adquirir conhecimento de, por meio de sentidos. Entender. Compreender. Ver. Ouvir. Distinguir. Divisar.
Saber. Ter conhecimento de. Compreender. Ter a certeza de. Estar convencido de. Conseguir compreender. Poder explicar. Ter sabor. Impressionar o sentido do gosto. Sensatez.

Não percebo saber. Só sei que tá chovendo.
(A propósito, a chuva já começou lá fora?)

A vontade de falar é inversamente proporcional ao seu êxito.

E o que foi escrito antes tem a ver com meio dia.
Eu adoro a falanginha do meu dedo anelar do pé esquerdo.
:)


Segundo a quiromancia, a falanginha é ligada ao plano intermediário, entre o corpo e o espírito.
Segundo a quiromancia, o dedo anular corresponde ao Sol. Corresponde também a vibrações ligadas à alegria, vida e auto-expressão.

domingo, novembro 16, 2008

Remorso do Receio

Porque subtítulos das músicas do Móveis são muito mais esclarecedores.
Diferente das minhas interrogações.

Depois de uma manhã irregular, saudosa e portanto extremamente satisfatória, o já tradicional colapso psíquico do horário de almoço de domingo ao melhor estilo "é esse cara no espelho que eu quero quebrar".

Talvez esse seja o dia em que eu mais me senti não acariciada pelo poder da fala na vida.
Deve ser porque eu não tenho do que reclamar. E isso me deixe sem rumo.

quarta-feira, novembro 12, 2008

Alguém me ensina a lidar com o tempo?
A saber se 100 dias é muito tempo pra pouca coisa ou muita coisa pra pouco tempo?
A entender como podem as coisas oscilarem tanto em 20 semanas?
A assumir que talvez os 10 anos que nos distam estão mais próximos de mim do que eu imagino?
E então eu começo a fazer contas e contas, como se com números eu pudesse fingir que entendo o tempo.

"Não estou entendendo o que estou dizendo, nunca!"

É a mais pura verdade.
É também pra sinalizar que enfim! Eu terminei de ler G.H.

Acho que livros não são pra mim. Eu não gosto quando eles terminam. Pra mim, a poesia não tem fim. O fim dos livros não passam de seus começos.
Mas quem sou eu pra falar do tempo?




(Postei só pra tirar o post antigo do topo, já tava me enjoando. Não que tenha surtido efeito, mas..)

domingo, novembro 09, 2008

Eu sou também o que eu não gosto de ser.

(Surra no blog, Chay?)
Na verdade a surra é em mim, porque eu não tô me controlando hoje, desculpe a confusão.
Eu tinha postado isso em um dos fotologs, mas fiquei sem entender o porquê. Tem coisas que eu posto aqui, tem coisas que eu posto em outro lugar. Como se cada coisa tivesse seu lugar pra ser dita, sabe? Isso não existe. Por exemplo aqui: eu não tenho só esse lado que eu moldo como lado de absorção. Existem tantos lados, falta tanta coisa e a falta vai fazendo furinhos nos lados e invadindo o externo até um ponto que eu não sei qual é.



"it feels like a hundred years.
e eu nem gosto de the cure, mas é o mais próximo que ultimamente tenho chegado do que eu quero, sem abstrações vazias no intervalo de piscares de olhos que pretendem sem modéstia um teletransporte desregulado. sem preocupações quanto a espaço e tempo, desde que me leve ao que eu quero.
enquanto isso, tudo parecerá como se fossem cem anos. e sem a mínima pressa.

caralho, eu vou ficar maluca.
é um turbilhão de coisas e pessoas e lembranças e esperanças
e sorrisos e sussurros e lágrimas e barulho
que eu já não sei mais até que ponto é tudo verdade ou saudade.

é a vontade de gritar mas de falar baixinho no ouvido, mas de só olhar e gritar do jeito mais alto que é possível, que na verdade é silêncio.

e quando eu encontrar [ou "encontrei" ou "tendo encontrado"], citando sentindo e lembrando Lispector, eu tenho medo de que a vontade de gritar não pare. continuará tudo sendo incerto, apesar da certeza de que é certo. e a necessidade tomará o lugar da vontade. e finalmente a inutilidade tomará o lugar da necessidade. então o ápice. e é por aí que eu vou saber que eu nunca soube [e não estarei sabendo ainda] quem eu sou."

sábado, novembro 08, 2008

Inquietação. Aparentemente positiva. Acordar com um pensamento involuntário e único, um objetivo traçado por mim e para mim enquanto eu nem estava consciente. Mas talvez 'estar consciente' seja algo racional demais pra mim. Eu não discuto a consciência presente nos sonhos, porque eles são mais do que isso. Eles são sensibilidade.
Se sentir viva e entender o contato com o mundo exterior como uma necessidade ireemediável, inadiável, insaciável. E ter praticamente certeza de que a vontade vai se manter no estado de apenas vontade, até que eu volte a dormir e me reconscientizar, se tiver sorte, de que eu posso tudo, por cerca de 8 horas.


(É, eu não acredito em finais felizes no 'mundo real'. Como no filme de hoje de madrugada (Penélope Cruz, Woody Allen e Odeon: não poderia ter sido mais gostoso assisti-lo), o amor só é romântico quando não é concretizado.)
(É, eu tenho problemas com sono. Não necessariamente aversão, hipnofobia. Mas dilemas. Porque nem sempre sonhar é o que você precisa.)
(É, eu sou anafórica. E compulsiva por polissíndetos. E já repararam também na minha dificuldade de titular os posts? É porque são todos escarrados. E é difícil dar nome ao que não se sabe direito o que é, ao que não se está acostumado, por não ter sido planejado.)

Mudando de assunto (ou não):
Cara, acho que minha vida seria muito mais simples se eu soubesse lidar com tempo, espaço e dinheiro.
Sobrariam apenas as dificuldades de compreensão dos sentimentos, que é um campo que me agrada.
Mas fico sempre muito irritada (ou me sentindo completamente idiota) quando percebo minha notória incapacidade de administrar, principalmente, a idéia de tempo, tempo psicológico versus tempo real e coisas assim.

P.S.: Eu queria saber escrever textos menos egocêntricos, para outras pessoas, mas parece que eu só consigo falar de mim. Por isso eu tenho estado desanimada de postar coisas. É uma vontade de sempre se explicar e externaliza o que eu sinto e penso e vejo que acaba dando nesses textos chatos e confusos e mal escritos. Eu queria saber fazer coisas para satisfação de outras pessoas, mas parece que eu só consigo me satisfazer (e nem sempre). No fundo eu devo ser só um vazio, que quando se projeta pra fora, resulta num vazio mais desagradável ainda. Ou algo assim.

quinta-feira, novembro 06, 2008

Tons pastéis. Cáquis, beges, ocres, olivas, amarelinhos, rosinhas pálidos.
Todos assim, um quase nada, pra não correrem o risco de serem demais. Suaves, amenos, agradáveis aos olhos, discretos, passando desapercebidos, evitando causar qualquer frenesi.

Brandos. Nem muito claros, nem muito escuros. Nem muito frios, nem muito quentes. Equilibrados, fugindo do choque, do inesperado, do desregulado, do extraordinário.
Ai de mim perigar me deixar seduzir pela falsa sensação de satisfação em ser algo que combina com tudo, que cai bem em qualquer ocasião, a qualquer tempo, em qualquer pessoa.

Fulana

Encontramos conhecidos na fila do pão, ela nunca será conhecida. Nunca recordaremos dela como a fulana de unhas vermelhas. Que não gosta de chocolate e assiste novela, se emociona no final do filme. Mas por que não encontramos fulana de blusa amarela em nossas aleatórias recordações?
O que a faz não parecer humana?Não seria o próprio fato de existir?
Mas ela sabe rezar, faz sinal da cruz ao sair pra trabalhar. Mas esse tipo humano que me é “típico”. Não é visto aos olhos de Deus, muito menos aos meus. E fico a pensar, o que tem de diferente.
Fulana trabalha de domingo a domingo. Fulana se prostitui. Eu fiz fulana, é minha culpa se não me importo com ela.
Agora vejo fulana nos menores gestos de meu dia, vejo que fulana também é gente, desumana sou eu... Dei a luz a um filho, e como se o fosse bastardo, o renego. A descoberta dá-se a muito pelo esquecido, das diferenças surgirá revolta. Espero que um dia fulana me mate, pois está será a vingança da criatura pelo esquecimento do criador.

segunda-feira, novembro 03, 2008

medo de dormir

eu prefiro viver na ilusão desse mundo.
eu prefiro achar que tudo dará certo no final.
prefiro pensar que o amor que você dá é o amor que você recebe.
eu não gosto de pensar na capacidade que eu tenho.

dai eu sinto medo. medo de dormir.medo de não acordar
medo de sonhar e achar que tudo posso e tudo sou.
medo de acordar e saber, ao abrir dos olhos, que a mediocridade da vida impõe escolhas.
eu não gosto de escolhas.

eu não sei lhe dar com a minha existência. deve ser por isso que eu não gosto de dormir.
eu NEGO algo essencial. eu não sei aceitar " você tem que dormir".

mas no final, eu durmo.

no dia seguinte eu acordo sabendo do meu poder quase nulo.

por isso eu amo o nulo. o vazio. é o mais perto que eu posso chegar de mim mesmo.

domingo, novembro 02, 2008

Vermelho

Dentro de uma sala preta, pergunto se o vermelho me cabe.
Na vida que resta no verso calado, se penso logo é vermelho.
Mas por que me persegues? Queria talvez outro sentimento... E de novo vermelho me vem.
Vivendo das baixezas do mundo. Sabendo que o amor não existe. O amargo se faz meus pés. Levando em vermelho o codinome, já não renego os maus ouvintes. Não vêem a cor dos sons. Só ouvem e no horror da mudez o esquecimento se faz alarde.
-PUTA! Sonoridade cabível a um bolero. Trilha sonora de minha vida, não é meu direito. Só o vermelho me cabe.

quarta-feira, outubro 29, 2008

"Que a força do medo que tenho não me impeça de ver o que anseio.

Que a morte de tudo que acredito não me tape os ouvidos e a boca. Porque metade de mim é o que eu grito, mas a outra metade é silêncio.

Que a música que eu ouço ao longe seja linda, ainda que triste.

Que a mulher que eu amo seja sempre amada, mesmo que distante. Porque metade de mim é partida e a outra metade é saudade.

Que as palavras que eu falo não sejam ouvidas como prece nem repetidas com fervor, Apenas respeitadas como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimento. Porque metade de mim é o que eu ouço, mas a outra metade é o que calo.

Que essa minha vontade de ir embora se transforme na calma e na paz que eu mereço.
Que essa tensão que me corroe por dentro seja um dia recompensada. Porque metade de mim é o que eu penso e a outra metade é um vulcão.


Que o medo da solidão se afaste, que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.
Que o espelho reflita em meu rosto o doce sorriso que eu me lembro de ter dado na infância. Porque metade de mim é a lembrança do que fui, a outra metade eu não sei...

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria para me fazer aquietar o espírito. E que o teu silêncio me fale cada vez mais. Porque metade de mim é abrigo, mas a outra metade é cansaço.

Que a arte nos aponte uma resposta, mesmo que ela não saiba, e que ninguém a tente complicar porque é preciso simplicidade para fazê-la florescer. Porque metade de mim é a platéia e a outra metade, a canção.
E que minha loucura seja perdoada. Porque metade de mim é amor e a outra metade... também."


Oswaldo Montenegro

segunda-feira, outubro 27, 2008


Às vezes eu me impressiono com a minha capacidade de me identificar ou mesmo me reconhecer numa música, filme, texto ou imagem.

Como se inventasse a cada vez que reconta uma história, uma nova roupagem pra mesma situação.
Sem esses artifícios, meu mundo ficaria bem mais digno da pessoa que não sabe lidar com as palavras direito, numa proporcionalidade menor à destreza com os sentimentos.

Azar de quem não gosta de música (Daniel, essa foi pra você :P), de quem não tem hábito de leitura, de quem tem um dvd quebrado.

Falando nisso, vou reclamar (desculpem, quiçá seja o que faço melhor) da vida.
Desde que meu dvd quebrou, eu não consigo mais construir uma linha de pensamento decente (ou pelo menos tenho reconhecido uma maior dificuldade). Nem sei lá, escrever um post que faça sentido. Acho que fiquei muito abalada psicologicamente. Mais abalada do que permitiam as normas de segurança.
Estão todos condenados à minha mais do que nunca, confusa maneira de me expressar (ou não, porque nem sempre [palavras do mestre merecem vir em negrito, itálico, sublinhado, caixa alta e coloração fúcsia).

Que fique claro que a culpa não é só do defeito do meu queridíssimo e saudoso aparelho reprodutor de discos digitais de vídeo. Porque eu acredito na revolta dos objetos. Se ele descobrir o quanto achei sacanagem ser abandonada assim, talvez então, seja mais um a encarnar o palhaço de Fluorescent Adolescent. E vocês sabem [ou pelo menos alguns], o que aconteceria.



Até um momento de melhor clareza mental.



Mas antes de ir, um comentário ligado aos comentários do último post do blog da Laiane (ao qual até hoje não contribuí, apesar da co-autoria concedida, com a qual me sinto deveras agraciada):
Estou num momento esponja. Não tenho mais nada (se é que já tive, desculpem o excesso de falsa modéstia que muitas vezes parece existir apenas para provocar aqueles pequenos elogios que quase servem para manter a estima num nível mínimo seguro) a ser absorvido, mas preciso absorver. E muito. Porém, me sinto uma esponja no meio de algum deserto muito brabo (não se ofendam, minhas leituras têm sido o oásis).
Essa é a razão desses postzinhos assim de merda, que nem mais prolixos ousam ser.

sábado, outubro 25, 2008

Às vezes quando eu saio eu tenho vontade de deixar uma carta de despedida, um testamento dos meus sentimentos [são o único bem que eu tenho], porque parece que eu não vou mais voltar. Se bem que eu tenho quase certeza de que numa dessas eu não volto mesmo, sei lá porque. Impressão de que se vai morrer cedo, mas isso nem me assusta. Meu pai também acha isso. Talvez por ele ter visto meu irmão, que parecia gostar de viver mais intensamente [ou talvez tanto quanto eu] morrer cedo.
Eu ia escrever uma grande carta de despedida ontem, mas eu tava atrasada pra sair mais uma vez.
Mas enquanto eu pensava nisso, eu reparei que toda vez que vos falo, é uma carta de despedida. então tudo bem se eu sair e não voltar mais, porque talvez eu já tenha falado grande parte das coisas que eu quereria falar-vos.
E talvez esse negócio de carta de despedida seja só um recurso para que eu não possa nunca esquecer das pessoas.
Essa é a única morte que eu tenho medo.



[caralho, tô tão cansada que nem tô raciocinando direito. acho que tinha Easy Date no drink que eu bebi sem saber de quem era. :P]
p.s.: Piña Colada até que é bom, né, cara. pena que eu não sei beber.

quinta-feira, outubro 23, 2008

[b]roxa flor, que por hoje desflora
certo cinza, que há tempos desbota
e o vermelho, bem vivo no agora
só denotam o brilho da cor

outras cores, nem um pouco tortas
tamarindo, castanha e amora
felizes, a abrir a porta
a mostrar o seu calor

se achares que pouco me importa
a importância que deles me toca
peço então que não fales agora
pois estou a cantar meu amor[/b]




peço que não me reprimam, eu tava lóki de susbtâncias nocivas
eu tenho é vergonha porque eu sou assim, mas eu vô aproveitas que elas ainda tão sob efeito e vo fazer isso pra me bater depois

e a maior parte desse poema faz muitas metáforas, caso alguem queira entender
se bem que talvez isso acabe com a graça dele, mas não importa, eu acho
:B

quarta-feira, outubro 22, 2008

"Noite passada inventei um novo prazer
E quando estava a experimentar, foi a primeira vez que eu pude tolerar"
E então, o que aconteceu?
É que se algo tem chance de dar errado, certamente dará.
E deu. Como sempre.
Desculpe desde já se semana que vem eu tentar convencê-los novamente de que não quero nunca mais quase morrer asfixiada e inconsciente na praia.
Eu tentei, mas parece que existe um complô. As coisas vão desmoronando, desmoronando.. Até chegar num ponto crucial.
Sabe castelo de cartas? Então. Você constrói, ele fica lá lindo, imponente.
Até vir uma brisa. Uma brisinha de leve. Inocente e tudo mais.
E a filha da puta faz aquela cartinha do cantinho inferior direito balançar.
Quando você vai ver, caiu a porra toda e você nem sabe porque ou daonde veio.
É, galerinha.. ela veio. E não adianta tentar consertar ou identificar o problema. Já tá tudo ali, desarrumado na mesa de novo.

Uma dose de vodka, por favor.




Denotativamente:
Meu DVD quebrou. Talvez tão futilidade quanto o sumiço do dicionário.
Nem todos os meus sentimentos são nobres.
Desculpem o desencantar.
Hoje a culpa não é de nenhum deles, porque todos eles estão sendo expulsos.
No meu mundo não tem espaço pro espaço vazio.
Ou desce, ou dá. Decida.


(Acordei meio Arnaldo)

segunda-feira, outubro 20, 2008

Absorvente

Com abas, sem abas, de redinha, perfumado, fluxo moderado, fluxo intenso, care free, noturno. Inventam problemas para venderem soluções.
Por que eu não posso usar o mesmo que você?
Só porque a sua bunda é maior que a minha?
Só porque você é homem?
Ah, vamos lá, experimente! Sinta-se como a gente! Afinal, é só sangue. Só sangue sujo. E o filho que não veio.


E se vazar?
Ai, se vazar!
Que vexame pra você! Que vergonha do coração vermelho na sua calça! Mas pra ele isso é libertação. Será que ninguém nunca pensa em como se sente o pobre vilão absorvente?
Sufocado, apertado, afogado em sangue sujo e desconhecido. E depois de tudo isso, é enrolado e vai pro lixo! Até você, Dona do Sangue, tem nojo dele. Mas o absorvente tá lá, descartável, desagradável, mas tá lá, tapando o seu buraco.
Coitado mesmo era o absorvente da tua vó, que era sempre o mesmo: usado, lavado, reusado. Só descansava quando o maldito fluxo resolvesse acabar. Mas mês que vem ele volta, porque corações foram feitos para enfeitar o peito dos sentimentais e as cartas de amor e não a bunda da sua avó!

domingo, outubro 19, 2008

Acometida por uma felicidade estranha e repentina.
Talvez a regularidade do sono ou a fragrância nova.
Talvez os Morangos Silvestres.
Talvez a alta taxa de cafeína no organismo.
Confesso que a última semana não foi das melhores, porém, como boa inconstância que sou (e prefiro ser assim a ser o que é o de sempre), espero que essa (e as próximas, já abusando da boa sorte) sejam antagônicas à passada.
Distribuindo declarações de amor (praticamente auto-destrutivas, quando se trata de alguém limítrofe como eu) enquanto há tempo, verdade e liberdade.

sábado, outubro 18, 2008

esse é só o começo do fim da nossa vida
deixa chegar o sonho, prepara uma avenida
que a gente vai passar
veja você, onde é que tudo foi desabar
a gente corre pra se esconder...
e se amar, se amar até o fim
sem saber que o fim já vai chegar
deixa o moço bater que eu cansei da nossa fuga
já não vejo motivos pra um amor de tantas rugas
não ter o seu lugar
{conversa de botas batidas-los hermanos}
será? que o fim está próximo é um fato.
mas será q esses seis anos e alguns meses
serviram só de passagem ou estufa?
mutações aconteceram,
tanto no fenótipo quanto no genótipo.
mais do que uma ilha d'excelência
a luta continua!
e não me venha pedir coerência...
pois foram tantas que passei por aqui...
não dentro das estufas de mofo,
mas sim no A e B, onde apesar do nome não se pode correr,
talvez seja para que possamos aproveitar cada vez mais
a cada passo um rosto que não irei esquecer
e suas histórias...
histórias de soldados, de militantes, de comunistas
de reacionários, de pessoas, de arvores e cigarros
e como arvore me sinto podada
por modos de avaliações esquizofrênicos e malditos vestibulares
máquinas de fazer dinheiro para pê a gás e outros...
qual a solução?
passar para a próxima etapa
round 2, e continuar lutanto por educação e cultura
e que todos tenham acesso
utopia?
a utopia é realizavel, como diria zé pacheco

(:

A gente quer inteiro e não pela metade
[Comida- titãs]

quinta-feira, outubro 16, 2008

Ele canta e até dança as músicas que eu ouço. Ele teve uma banda cover de Beatles e era vocalista. Sonhava ter uma bota igual aos dos nossos ídolos. É por causa dele q eu sei que Lucy in the Sky with Diamonds não é só um nome de música grande. Ele consegue identificar os álbuns aos quais cada música pertence e contar uma história relacionada sempre. O John Lennon tirou uma foto com um chapéu típico espanhol. O mais fraquinho de mente era o Ringo Starr, que só tocava bateria. E Anna nem é deles, além de ter sido lançada à parte. Ele diz que eu deveria ter vivido naquela época, teria vivido a vida sem temor.
Ele é meu pai e isso é uma declaração de amor que talvez ele nunca saiba que existiu.

quarta-feira, outubro 15, 2008

1 - Quando o dicionário some é como se eu tivesse perdido a chave de casa.


2 - Pensei que alecrim tivesse um cheiro melhor. Não, não melhor, um cheiro que remetesse a algo. Mas por que teria já um significado se eu não o conhecia?

"Usado externamente, é bom para limpar feridas, principalmente de diabéticos e pessoas que tem dificuldades de cicatrização. Por ter um sabor muito forte, deve ser usado com moderação.

É uma das ervas que ajuda na depressão e estados permanentes de cansaço por problemas emocionais.

Ajuda também muito os com uma estrutura emocional passiva, que não respondem de forma concreta às agressões da vida. Aumenta a capacidade de aprendizado. É a planta chave da falta de auto estima.

Atua nos desconfiados, nos que não acreditam em si mesmos, nos que não têm coragem de se lançar em novos projetos. É A ERVA DA CORAGEM."

Agora fica fácil de entender porque não fui capaz de reconhecer o cheiro do alecrim.
O prazer seria todo meu.
Na verdade eu só fiz um blog porque eu acho digno. Faz parecer que você sabe escrever bonito.
E também porque pode convidar pessoas a escreverem com você. Isso sim é digno. Fotolog é muito solitário. Solidão é vazio. E vazio é oficina do Diabo.
Hoje eu quero tirar férias do inferno.