Hoje sonhei que mudava os móveis de lugar. Os móveis do meu quarto.
Assim como quem muda de vida. Buscando uma nova organização, uma diferente circulação.
Acordo e percebo que ainda tenho resquícios seus.
Talvez seja a saudade que insiste em sobreviver mesmo que ninguém a alimente.
Assim como os vegetais fazem fotossíntese bastando o sol nascer.
Não sei o que em mim faz querer remastiga-lo, regurgita-lo todos os dias, todas as
manhãs.
Chamo um amigo meu quando isso acontece.
É um amigo meio ausente porém não deixa de ser um amigo.
Seu nome é Otimismo.
E então ele me diz que isso é porque não exercito o verbo amar, que logo um novo amor virá e roubará todo o alimento da saudade do amor antigo.
Assim espero ansiosa ele chegar e acabar com todo o alimento da Saudade. Quero que ela morra sequinha e mesmo que venha a luz solar matutina ela não tenha sequer forças
pra enxerga-la.
Será aliviador.
Promento pro sol e pra mim mesmo que quando esse dia chegar eu mudarei meus móveis de lugar.
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