sábado, dezembro 27, 2008

Panapaná

"Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os “is” em detrimento de um redemoinho de emoções justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos. Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos. Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante."
(Pablo Neruda)


Hoje eu acelerei o meu processo de morte. Mas a aceleração ainda é inconstante. Em determinados momentos eu quero correr o mais rápido que posso. Até olhar pra trás, ver o quanto tropecei e deixar o medo diminuir a velocidade.
Ahh, a chuva incessante...
A aceitação da derrota parece se fazer necessária para que se inicie outro jogo com chances de sucesso.
Mas se até a derrota se mostra atraente, o que dizer do jogo em si?
Fato é que se essa chuva serviu pra alguma coisa, amanhã será outro dia.
E se não me faço entender, é porque as borboletas no meu estômago estão a se estranhar, pois as recentes chuvas de verão trouxeram novos ares e movimentos.

2 comentários:

Ferreira, Lai disse...

Neruda e chuvas. *.*

Bianca Burnier disse...

As minhas borboletas são amarelas e solitárias