sábado, outubro 25, 2008

Às vezes quando eu saio eu tenho vontade de deixar uma carta de despedida, um testamento dos meus sentimentos [são o único bem que eu tenho], porque parece que eu não vou mais voltar. Se bem que eu tenho quase certeza de que numa dessas eu não volto mesmo, sei lá porque. Impressão de que se vai morrer cedo, mas isso nem me assusta. Meu pai também acha isso. Talvez por ele ter visto meu irmão, que parecia gostar de viver mais intensamente [ou talvez tanto quanto eu] morrer cedo.
Eu ia escrever uma grande carta de despedida ontem, mas eu tava atrasada pra sair mais uma vez.
Mas enquanto eu pensava nisso, eu reparei que toda vez que vos falo, é uma carta de despedida. então tudo bem se eu sair e não voltar mais, porque talvez eu já tenha falado grande parte das coisas que eu quereria falar-vos.
E talvez esse negócio de carta de despedida seja só um recurso para que eu não possa nunca esquecer das pessoas.
Essa é a única morte que eu tenho medo.



[caralho, tô tão cansada que nem tô raciocinando direito. acho que tinha Easy Date no drink que eu bebi sem saber de quem era. :P]
p.s.: Piña Colada até que é bom, né, cara. pena que eu não sei beber.

6 comentários:

Daniel Gaivota disse...

Eu bem tenho uma caixa com um "testamento" geral e vários envelopes, lacrados, com os nomes de cada pessoa que conheço (e algumas que não conheço), cada um contendo uma carta pra essa tal pessoa (tipo, são várias cartas de despedida).
Ela (a caixa) vai estar escondida em algum lugar, e pra achá-la, todo mundo vai ter que se juntar e fazer uma espécie de caça ao tesouro. Que só vai ser possível com a ajuda de todos, pq nem todo mundo vai saber desvendar todas as pistas.



Pô, mal espero pra morrer.. uahuah!

chayenne f. disse...

uahsusaheuh Bem interessante, mas eu quero uma carta única, quilométrica. Só tenho medo de escrevê-la porque só de pensar me dá vontade de chorar litros. iuhsaiuhsae

Igor Dorneles disse...

Sei lá, nesse momento queria que todos soubessem que eu os amei de verdade, e que eles me faziam felizes pelo simples fato de existirem.

Daniel Gaivota disse...

Oras, as pessoas sabem que eu as amo. Se não souberem, furem os olhos, pq eles não servem pra nada.

Sou um amante óbvio.

Daniel Gaivota disse...

"(...) para que eu não possa nunca esquecer das pessoas. Essa é a única morte que eu tenho medo."


Para que você possa nunca se esquecer deles? Ou será o contrário?
(no meu caso, sim.)

chayenne f. disse...

é o contrário também, mas às vezes é mais confortante que eu não me esqueça.